sexta-feira, 25 de abril de 2008

Sim, minha Carolina. É possível amar tanto, como bem sabes. E como também sabes dói falar, por isso aprendo contigo os jogos de faz de conta. Faz de conta que está tudo bem. Faz de conta que não dói quando dormes com outros. Faz de conta que não dói se as pessoas da tua vida são outras que não eu. Faz de conta que querer ver-te feliz é tão fácil e natural como acordar e respirar. Porque querer ver-te feliz é tão complexo e tão forçado que não te quero explicar, por poderes levar a mal. Acreditas, minha Carolina, que apesar de não seres minha, a decisão que tomo é lutar pela tua felicidade, ainda que para tal eu deixe de existir? Quem me mandou ser a parte de dentro de ti? Quem me disse que tentasse salvar-te? Ninguém. Acho que chamas as pessoas a ti sem dares conta, e depois não aguentas a pressão do futuro e foges. Minha Carolina, meu amor. Encontra-te. Sabes quando te vais encontrar? Quando deixares de te procurar. É aí que estás. Numa fronteira sem passaporte. Mas se sabes o teu nome, Carolina, descansa em paz, o resto são os monstros que crias porque o abstracto assusta ainda mais. Sim, minha Carolina, amar é possível. E é possível amar tanto, ainda que o amor possam ser ilusões assustadas na esquina de uma rua estranha. Deixa-te deambular, que importa não seres ninguém? Que importa se há segundos em que deixas de existir, se o Universo gira lá em cima? Carolina, minha Carolina!

1 comentário:

Anónimo disse...

Ensina-me a jogar ao Faz de Conta.. Se faz favor.


<3