quarta-feira, 23 de abril de 2008

Porque, Beatriz.

Porque ainda que seja simples, Beatriz, é difícil, e dói como ter o mar aos pés e querer mergulhar nele, até quase não haver ar… Oh, Beatriz. Porque fazes essas perguntas, se sabes que não te posso responder? Se és só um canto da minha tristeza porque me bates à porta do quarto todas as manhãs, e danças nos meus cabelos que os pesadelos encaracolaram sem amor? Porque queres que esse anel vá se esse anel és tu a passear em todas as partes de mim, e a partir as pessoas a quem tento chegar, e deixar cair lágrimas pelas pessoas que chegaram e tu mandaste embora para que fosse só tua? Oh Beatriz, porque ficas se para sempre é tempo demais e eu morri nas coisas que não foram para sempre em promessas perdidas, mas juradas até aos ossos de uma alma que não era de ninguém? Oh, Beatriz. Porque me perguntas se tenho coragem para ser feliz, porque me pedes para ser feliz, se sem mim desvaneces e partes no vento para um cemitério infinito? É possível amar tanto?

Carolina.

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