quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Azul

Se nesse momento pensasse, Carolina diria: não há calma maior aqui que ficar sentada na sala escura a ver-o-mar passar dentro da televisão. É tudo escuro, e o azul sai do ecrã pequeno, e não há mais nada. Não há dor, nem falhas, nem telemóveis tristes a tocar ausências. Porque é tudo escuro, porque ela está no escuro. E só importa esse azul infinito e denso que a envolve e a leva para longe, nas asas de um peixe qualquer, escondido na areia.

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